domingo, 27 de junho de 2010

Carta à Senhorita Mãos Geladas

Ontem sai com o pessoal da faculdade. Nós fomos num lugar legal no centro da cidade. Fazia tempo que a gente não saia junto e, pra ser sincero, já começava a sentir falta. Eu me sinto muito bem com eles, com as diferentes personalidades de cada um. São pessoas realmente muito legais. Você gostaria deles se os conhecesse. Eu me diverti bastante. Senti sua falta em todos os momentos.

Na entrada, enquanto eu remexia minha carteira, lembrei de como você pegava logo as notas mais fáceis para o troco diante da minha sempre falta de jeito com as cédulas. Quando fomos procurar algum lugar pra sentar, lembrei da sua mania de limpeza e de como detestava bancos sujos, e que sempre tirava da bolsa algum lenço ou coisa do tipo e tentava amenizar o problema. Na hora de pedir algo pra comer, visualizei você ali, perguntando ao garçom se o prato que queria pedir tinha carne de porco ou algum tipo de bebida alcoólica, já que não podia comer nada daquilo por causa da sua religião.

Apreciava a idéia de que, de alguma forma, a saudade fosse amenizada com o tempo, mas ao que parece, ele é só combustível. Tudo aquilo com que eu implicava me faz falta.

Embora nada do que eu disser possa trazê-la de volta, eu precisava contar que ainda sinto falta das suas pequenas mão geladas.

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